Obviamente que não existe uma “receita mágica” para se preparar e conduzir uma boa entrevista de emprego. Cada caso é um caso, e cada empresa tem a sua cultura e realidade muito próprias. No entanto, existem algumas questões fundamentais que não devem ser descuradas, e que são de alguma forma transversais a qualquer processo de recrutamento. Vejamos então algumas dicas simples de comunicação e psicologia que podem ajudar bastante neste processo:
Preparação e Organização
Em primeiro lugar, tenha uma ideia bem clara do tipo de profissional que pretende contratar. Por exemplo ” Preciso de um programador ” é algo muito vago. É necessário conhecer os problemas e os desafios que ele vai encontrar dentro da sua empresa: se é importante ser dinâmico ou se apenas executará diretrizes de alguém, se irá trabalhar em equipa ou sozinho, quais as linguagens de programação que este programador vai ter que conhecer, etc… Conhecendo bem o perfil ideal para a vaga, é mais fácil decidir quais as perguntas a ser feitas e quais as que vão poder ser deixadas de lado.
Questões Abertas, Liberdade de Resposta
Nunca tente “canalizar” ou induzir uma resposta. Se o entrevistador der a dica, o entrevistado vai sempre dizer o que aquele quer ouvir. Faça perguntas abertas, que favoreçam o raciocínio livre e encorajem realmente o candidato a expor a sua opinião verdadeira durante a entrevista de emprego. Para obter este resultado, use sempre que possível perguntas começadas com “por que considera que….”, “qual sua opinião sobre…” ou então “como pensa que pode…”.
Um Contexto de Cada Vez
Durante uma entrevista de emprego, as perguntas devem ser focadas, devem ter um contexto claro para quem as ouve. É muito mais interessante e eficiente fazer duas perguntas distintas do que tentar fundir dois contextos numa única pergunta e depois obter uma resposta igualmente múltipla.
Use da Neutralidade na Entrevista de Emprego
Embora por vezes seja tentador fazer um comentário pessoal, segure o impulso. A entrevista de emprego é para a empresa conhecer o perfil do entrevistado e não para o entrevistado conhecer o perfil do entrevistador. Não importa a resposta obtida, seja sempre neutro. Com esta postura, o entrevistador também deixa o entrevistado mais a vontade. Tenha sempre em mente que o personagem principal da conversa é o entrevistado e não o entrevistador.
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